“Existem pessoas que nos dão vontade de sair navegando para bem longe e, de preferência, por muito tempo.”
Autor: Timothée de Fombelle
Editora: Melhoramentos
Páginas: 360
E com certeza existem livros que se fosse possível descobrir a insatisfação antes de ler, eu não iria navegar para longe, iria, é claro, jogá-lo ao mar... Quem sabe até deixaria em uma ilha como companhia para algum solitário náufrago. Fato é que estou meio zonza, sabe? Não porque a história me causou sono, não, não é isso! Na verdade, ela acionou um princípio de labirintite, isso sim!!! Mas, deixarei as revoltas de lado e partirei para a ilha?! Não, não! Para a resenha de Vango!
“Vango, pequeno náufrago sem passado e sem origem.”
Tudo começou por duas pessoas perdidas e desmaiadas após um naufrágio. Vango e sua cuidadora. Foram muito bem recebidos pelo povoado, mesmo que não entendessem que pessoas eram aquelas... A cuidadora, Mademoselle, falava diversas línguas fluentemente e revelou apenas que não havia parentesco entre ela e a criança.
Anos se passaram, Vango cresceu e vivenciou diversas experiências que o fizeram escolher uma decisão madura, mesmo com 13 anos. Mas, um “não” mudou o rumo de sua escolha e assim ele partiu de seu lar para descobrir mais da vida e até quem sabe de seu passado apagado pelas ondas do mar.
Aos 19 anos, no dia de sua ordenação à padre, vários policiais invadem a igreja parando imediatamente a cerimônia. Ninguém entendeu o motivo para tanto alarido, menos ainda quando o delegado chama pelo nome de Vango... Acusado de assassinato, mais uma vez ele precisa partir, não só para continuar a peregrinação sobre sua origem, mas agora também descobrir quem foi a vítima e por que o denunciaram.
Vango tem uma premissa riquíssima, com fatos, personalidades importantes e muitas referências sobre momentos marcantes e não fictícios da história da humanidade. Creio que isso o transformaria num excelente infantojuvenil, aliás, ao iniciar a leitura senti gostinho da maravilhosa Coleção Vagalume se aproximando... #SQN! O narrador é carismático, a narrativa até que é levinha para engrenar a leitura e sentir um “simbora viajar com Vango, geente!”... Porém, com o tempo isso se tornou cansativo, porque os diálogos são poucos e desconexos. São muitos personagens e nenhum marcante, há excessos de acrobacias, milhões de reviravoltas pelas páginas que mais aumentaram a confusão e a cada esquina havia um mistério insolúvel ou incompreendido por mim... Há muitas viagens ao redor do mundo! E vejam só!! Até há a presença de um Zepelin trazendo o digníssimo seminarista para uma visita rápida em nosso país... que luxo neh?! Será que Vango se sentiu confuso e tonto como fiquei?! Não saberei! Enfim, para mim não deu, me perdi bastante e nem estava na metade da segunda parte (o livro é dividido em três partes) quando tudo virou uma miscelânea maior ainda.
Bem, vou ali respirar um pouco, tirar meus olhos da tela e descansar. Enfim, caso queira também viajar em um Zepelin por muitos continentes, deixo a dica! Boa viagem... ops! Boa leitura!!
Avaliação:
O Autor
Timothée de Fombelle (Paris, 1973- ) escrevia principalmente peças de teatro. Depois de uma premiada carreira como dramaturgo, teve sua estreia na literatura em 2006 com Tobie Lolness. O livro foi traduzido para mais de 22 línguas e fez o autor transformar a literatura para jovens adultos na sua principal ocupação profissional. Vango: Entre o Céu e a Terra é a primeira parte do novo romance do escritor (dividido em dois volumes).
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apesar de ser um livro bem comentado por você ele não foi daqueles de me encher os olhos
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