Resenha Minta Que Me Ama

Autora: Maria Duffy

Editora: Novo Conceito

Páginas: 384

Skoob

Minta que me ama foi publicado originalmente em 2011, sendo lançado em dezembro de 2014 pela editora Novo Conceito.

Animadinha por conta de um pouco de vinho, Jenny enviou um convite impulsivo pelo Twitter, e agora em plena época de Natal está se descabelando e aguardando a chegada das amigas virtuais, Zahra, Kerry e Fiona, à sua casa em Dublin.
Após o convite, ela se vê ansiosa aguardando o momento de receber as amigas, preocupada em agradar e mostrar-se realmente.
Começa então uma contagem regressiva para o dia D, representado por 13 capítulos ao todo, onde acompanhamos nossa protagonista se preparando para receber as visitas, conhecemos suas melhores amigas, sua relação estranha e conturbada com a mãe e o quanto ela se sente solitária apesar de tentar demonstrar o contrário para os que estão ao seu redor.

Jenny sofreu bullying, é insegura e evita relacionamentos sérios por conta de uma rasteira ocorrida na adolescência, e desde cedo decidiu que tomaria as rédeas de sua vida e nunca precisaria de ninguém.
Passa a impressão de descolada, animada e festeira, mas o que ninguém sabe é que em várias noites ela se sente solitária.

O tuitencontro vai tomando forma, Jenny escolhe como diversão principal para distrair as meninas um show com um ilusionista, e tratou de fazer contato pelo Twitter imediatamente, afinal queria impressionar as amigas, ela só não imaginava que passar 4 dias com twitteiras praticamente desconhecidas além de trazer grandes surpresas daria novo rumo a sua vida.

Em sua grande preocupação de se mostrar uma boa anfitriã e ser agradável, Jenny não cogitou a ideia de que poderia não existir a perfeitinha, a lindinha, a certinha ou a riquinha. E ficou perplexa ao perceber que cada uma tinha sua qualidade, mas é óbvio que os defeitos também estavam presentes, e foi a eles que Jenny mais esteve atenta, porque os defeitos na verdade não eram defeitos, e sim mentiras, muitas mentiras.

Suas melhores amigas são Paula e Sally. Sally é amiga de longa data, da época de escola, é casada e tem filhos. Paula é amiga do trabalho, apaixonada por um cara que não demonstra muito interesse nela.

Eileen não é uma mãe comum como Jenny sempre desejou, ela é moderninha, ousada, nem um pouco antiquada, totalmente desligada e nem um pouco maternal, isso fez com que a relação mãe e filha fosse bem superficial entre elas.

O enredo aborda as amizades virtuais tendo o Twitter como rede social explorada. O bacana são os questionamentos intrinsecamente sugeridos, como por exemplo: se podemos acreditar nas informações que nos são passadas e até que ponto essas amizades são realmente confiáveis e verdadeiras, ou ainda quais as consequências que pequenas mentiras jogadas em 140 caracteres podem trazer e também qual a probabilidade de serem descobertas.

O livro é dividido em duas partes: a calmaria e a tempestade. Depois dos capítulos que precedem a contagem regressiva para o dia D, passamos a acompanhar tudo que esse encontro ocasiona.

O enredo retrata a realidade de uma vida virtual e dos relacionamentos que surgem dali, muitas vezes idealizando erroneamente as pessoas, criando imagens e imaginando demais.
Narrado em primeira pessoa, a história de Jenny é simples, envolvente, divertida e em alguns momentos previsível também, mas algumas surpresinhas empolgantes tornam esses raros momentos de previsibilidade praticamente indiferente.
Esse é o livro perfeito para aqueles dias em que a gente busca algo descontraído e descompromissado.

Avaliação: 

A Autora:

Maria Duffy não era muito boa em gramática quando estava na escola, mas sempre adorou as aulas de redação. O sonho de escrever um livro surgiu bem cedo e demorou muito tempo para ser colocado em prática. Ela trabalhou durante quinze anos em um banco, depois decidiu ser mãe em tempo integral, e somente após mais alguns anos conseguiu se dedicar ao trabalho de escritora. Minta Que Me Ama é o seu primeiro romance. Maria vive em Dublin com o marido e quatro filhos.