Resenha Um Beijo Inesquecível

Autora: Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 272

Skoob

Depois de um ano(sim, estou atrasada na série )foi ótimo rever essa família. 

No sétimo livro da série Os Bridgertons, é a vez casar a caçula da incrível matriarca Violet. 

Vamos voltar no tempo, para o ano de 1815, e conhecer Gareth, um  filho que sempre foi ignorado pelo pai até entender o porquê. 
Estudando longe de casa desde cedo, raras vezes ele visitava sua casa, lugar que não trazia boas recordações, onde as maiores e piores lembranças eram do pai já que este não perdia uma oportunidade de humilhá-lo. Mas a última visita foi a gota d'agua, e Gareth rompeu definitivamente com St. Clair.

Temos aqui mais um libertino londrino, Garreth, que tinha uma 'reputação abominável ' e ainda assim uma figura cobiçada pelas moças, com exceção é claro de Hyacinth. 
Hyacinth é a quarta e última filha solteira de Violet Bridgerton, ela está a 3 temporadas na 'pista'. Espirituosa e divertida, inteligente e com qualidades únicas que intimidavam seus pretendentes.

Gareth é neto de Lady Danbury, e Hyacinth costuma ler para a senhora uma vez por semana. Num desses dias, o rapaz chega com um diário escrito em italiano e precisando de alguém para traduzí-lo, e adivinhem que será a tradutora? Ela mesma, a mocinha impetuosa e é dessa forma que eles se aproximam, tendo é claro as investidas de Lady Dunbury para tentar formar um casal.
Esse diário traz revelações, e nossa dupla se encontra de repente caçando um tesouro.

A história é narrada em terceira pessoa, com uma escrita muito fluida, com desenvolvimento rápido, sem enrolação, a autora continua mandando bem nesse quesito.
Mas não me envolvi totalmente com o casal, não me convenceram, faltou química, ligação, elo.
A caracterização dos protagonistas é muito rasa, sabemos apenas que ele é o libertino, mas não temos situações que concretizem o fato. O mesmo ocorre com Hyacinth que nos é apresentada como intimidante, mas suas atitudes não revelam tal característica, seus argumentos não demonstram perspicácia.

Depois que a identidade de LW foi revelada e ela saiu de cena, Lady Danbury foi quem ficou encarregada de cutucar a alta sociedade e  trazer um ar divertido aos demais livros. Com sua sinceridade e ironia extrema, vista por muitos como rabugenta, a senhora que não tem papas na língua  está sempre surpreendendo a sociedade com suas frases  chocantes. E aqui ela está ainda mais hilária, prepare-se para altas risadas.

O final não me agradou, não foi redondinho, fechadinho, e nem foi aquele desfecho interativo, sugestionável, simplesmente ficou aberto. Mas já andei lendo que ele tem um segundo epílogo no próximo livro e lá está o desfecho completo....OI???

Senti falta também de maior participação da família Bridgerton, nesse livro eles quase não apareceram e suas aparições foram 'comportadas' demais, senti falta daquele estardalhaço que a família costuma fazer. Mas teve uma cena do Collin que não vou esquecer jamais, deveria tornar-se o épico dos romances de época.
Enfim, apesar das ressalvas e não encontrar nada inovador no romance, Julia é Julia e tem o dom único de conseguir envolver seu leitor, acho que seria capaz disso até se escrevesse uma bula de remédio.

Avaliação:

A Autora:

Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da série Os Bridgertons. 
É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas. Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico.