“Hoje nós começamos a percorrer o ‘Centro Psiquiátrico’ de Barbacena, como o governo insiste em rotular. Os primeiros de seus dezesseis pavilhões. Suas enfermarias, seus pátios. Não encontramos os loucos terríveis que supúnhamos. Seres humanos como nós. Pessoas que, fora das crises, vivem lúcidas o tempo todo. Sabem quem são e o que fazem ali. O que os espera no fim de mais alguns dias, alguns anos. Pessoas que pedem para ser fotografadas, pedem a publicação de seus nomes. Insistem em voltar à sociedade, à família, ao afeto, à liberdade. Nem todas, porém. As alienadas, de tão
drogadas, de tantos choques, tanta prisão. Crianças que não conseguem nem se locomover. Mas a maioria insiste em ter esperança de ser tratada como ser humano. Ainda há tempo.” Hiram Firmino
Enquanto maldades e atrocidades contra pessoas indefesas, como crianças, idosos, debilitados, portadores de deficiências físicas e doenças emocionais estiverem sendo retratadas apenas em uma tela ou em páginas de livros fictícios, nossas vidas, nossas mentes, nossos sentimentos e a nossa visão sobre o ser humano não serão completamente transformados, impactados ou virados de cabeça para baixo. Mas, e se inesperadamente algo ainda desconhecido por nós, trouxer a oportunidade de nos confrontar, nos colocando diante de uma história real, bizarra, cruel e inacreditável que aconteceu dentro do seu próprio país? Justamente em uma parte onde muitos fatos históricos carregados de revoluções humanas e crescimentos importantes contribuíram para o desenvolvimento da nação? Como entender que em um mesmo lugar com tamanha riqueza cultural, de grandes movimentos transformadores foi permitido interromper tantos desenvolvimentos humanos, aniquilando vidas?
Refiro-me ao livro da jornalista Daniela Arbex, Holocausto Brasileiro, (2013) que nos apresenta com riquíssimos detalhes, através de uma apurada investigação, o início e o fim de uma trajetória de injustiças, abandono, violência, desrespeito, falta de dignidade e excessivas dores que mais de 60 mil vidas foram submetidas, sem nenhuma explicação. Esses horrores iniciavam dentro de vagões de um trem que chegava à estação Bias Fortes, chamado “trem de doido”. A locomotiva os levava para uma viagem sem volta. Através dela, pessoas começavam um novo e aniquilante tempo sendo presas até a chegada da morte no suposto Hospital Psiquiátrico Colônia, localizado em Barbacena, Minas Gerais.
Ainda não posso afirmar como se encontra meu interior depois dessa leitura. Tamanhas são as misturas de sentimentos, revoltas, lágrimas, espanto e até mesmo incredulidade diante de tantos males que descobri e que ainda estão vivas em minha memória. O que agora compartilho é o que me sinto relativamente aliviada em saber que essa história tão trágica de um dos maiores manicômios do Brasil, mesmo sendo muito tarde, chegou ao fim. Penso nas vidas que foram sacrificadas para que seus corpos absurdamente fossem vendidos em nome da pesquisa e da ciência… Excluídos da vida, perdendo o direito de usarem todos os seus sentidos naturalmente, porém em morte suas carnes e seus ossos serviram para gerar dinheiro, além de ajudar a “evoluir” a ciência em tantos laboratórios e hospitais de Minas Gerais.
Uma reflexão visitou minha mente várias vezes e até agora ainda alimenta minhas opiniões, me causando diversas emoções confusas entre revolta, tristeza e incapacidade de acreditar que em nosso solo existiu um campo Nazista: o manicômio Colônia. Ali, muitos funcionários também foram cúmplices, querendo ou não, dos fatos horrendos que a história não nega e nem esconde.
Pergunto-me quais interrogações àquelas vítimas carregavam. Será que tentavam em vão compreender o que fizeram para irem para aquele lugar? Que doenças eram aquelas que ao invés de receberem um tratamento, eram torturados com choques, lobotomia, duchas escocesas e abandono até a morte? Desde aquela época até hoje, não há outra forma melhor de chamar aquele hospital, do que um Holocausto, já que existem muitas semelhanças entre as atrocidades cometidas nesse local com as que ocorreram nos campos de concentração, durante a segunda Guerra Mundial. Nós, brasileiros, não tivemos oportunidade para olhar de perto o extermínio de vidas devido a indiferença nascida do preconceito.
Através dos tensos e sufocantes depoimentos, Daniela Arbex, teve acesso à realidade vivida pelos pacientes que tiveram o ciclo de suas histórias cortadas, amputadas por serem simplesmente diferentes ou por terem manifestado algum tipo de senso de ousadia e justiça em seu cotidiano. Naquela época (a partir de 1911), não era necessário uma pessoa apresentar fragilidades mentais ou emocionais, para ser internada com o propósito de um tratamento psicológico. Bastava ser um adulto tímido, triste, epilético, ter alguma fraqueza com bebidas, ser homossexual, prostituta, ter perdido seus documentos, a virgindade ou ter sido uma mulher abandonada pelo marido. E as crianças? Como iam parar ali? Elas também eram abandonadas por suas famílias naquele lugar, após terem a certeza que eram portadoras de algum tipo de deficiência. Eu me vi nelas e chorei. Não havia a dignidade de se ter um nome, porque isso não tinha importância para a instituição. O nada não precisa ter identidade, o nada é vazio. Vestimentas não eram necessárias e suas cabeças eram raspadas, inexplicavelmente… não havia nenhum toque de humanidade naqueles corpos… Ninguém mais era dono de sua vida e nem responsável por suas vontades… não havia um alimento digno, o que era servido tinha a aparência de lavagem . Os responsáveis por esse domínio cruel e pelas amputações de vidas, estavam tanto do lado de fora, quanto dentro do hospital: uns saíram de dentro das próprias famílias dos pacientes, outros do poder público da Cidade dos Loucos.
Se é que existe de fato alguma mazela classificada de loucura, com certeza passou a existir naquelas vidas porque foi imposta pelos seres “normais” que dominavam aquele ambiente hostil. Até hoje, mesmo com o nascimento de muitos médicos humanizados, seguidores da visão antimanicomial, infelizmente ainda há um domínio humano sem sensibilidade que insiste em tentar nos convencer de que a precariedade mental se encontra naquele que vive dentro de seu mundo inconsciente, buscando por diversos meios unicamente se conhecer e compreender o que se passa ao seu redor. Loucos, insensatos são aqueles que provocam muitos barulhos e violências nessas vidas, através de grades, drogas, amarras e surras. Tomando o controle de toda a liberdade e de mínimos direitos… Que intenção há nessa exclusão de afeto? Não se devolve a dignidade e a vida comum que há dentro da sociedade, excluindo a pessoa da interação e do convívio social.
“Vocês precisam entender que não somos tomadores de conta. Somos cuidadores. Os doentes têm o direito de retornar para a sociedade.Sabemos que onde falta amor, certamente falta visão externa e alma… e se falta alma, falta a vida, e se não há vida, nunca haverá sensibilidade para se saber o quanto se pode ferir um pássaro-humano, prendendo-o numa “gaiola”.
A cada página virada com cuidado aguardando mais um sofrimento ou renascimento, me vinha à lembrança, a história fictícia do livro “The Boy in the Striped Pyjamas”, (O menino do pijama listrado) de John Boyne, que retrata muito bem essa acepção com uma vida semelhante à nossa, mas afastadas e evitadas por carregarem um pensamento diferente ou terem outra cultura. Que existam mais Brunos entre nós! Que outros também consigam olhar o diferente sem desprezar o que ele é e o que pensa. Que pijamas listrados ou azulões, cor do que era usado na Colônia, não sejam usados com o propósito de separar vidas que são iguais às nossas.
Apesar de todo “nazismo” que há a cada página do livro de Daniela Arberx, pude identificar que a esperança existiu, e através dos relatos, reconheci muitos guerreiros humanizados do movimento antimanicomial que lutaram/lutam pelo fechamento não só daquela unidade, mas tantas outras que existem em nosso país.
Insisto em tentar acreditar que aquele sacrifício humano fez muitas pessoas se levantarem, se incomodando com o silêncio para proclamar uma verdade: quem precisa de cura é a humanidade preconceituosa e insensível. Tive essa certeza através de várias pessoas citadas na história que fazem parte do grande número de excelentes cuidadores, fora e dentro da medicina, que se doaram, mostraram imagens e filmes sem medo e sem pudor dos encarcerados daquele lugar. Não fizeram acepção e nem desistiram de lutar pelos menos favorecidos, ensinando até coisas simples, por exemplo, defecar e urinar no lugar adequado, necessidades básicas que aquelas pessoas deixaram de ter… Também presentearam aqueles pés com calçados, os corpos com vestimentas, a cabeça com cafuné e as almas com os abraços que não conheciam… Esses sensibilizados fizeram o impossível por várias décadas, até perderem o direito de exercer sua profissão como punição pelas vidas perdidas naquele manicômio. Muitas delas puderam viver na realidade, um pouco do que Bruno, o personagem alemão do livro de John Boyne, tentou ser em sua inocência infantil: um anjo, um doador de alimento, de atenção e alento na vida do amiguinho judeu Shmuel. E como já se sentia um explorador curioso das coisas fantásticas, ele fez aquele menino ser sua melhor descoberta…
Bruno teve a certeza de jamais ter visto um menino tão triste e tão magro em toda a sua vida, mas decidiu que seria melhor conversar com ele.“Estou explorando”, disse ele.“Ah, é?”, disse o pequeno menino.“Sim. Já faz quase duas horas…”“Descobriu alguma coisa?”, perguntou o menino“Quase nada”.“Nada mesmo?”“Bem, descobri você”, disse Bruno após um instante.
…resumindo, ele foi um verdadeiro amigo que não olhou nenhuma diferença, mesmo separados por uma cerca de arame…
Shmuel se aproximou bastante de Bruno e olhou para ele assustado.“Sinto muito por não termos encontrado seu pai”, disse Bruno.“Tudo bem”, disse Shmuel.“E sinto muito que não tenhamos podido brincar, mas, quando você for a Berlim, é só o que faremos, e eu o apresentarei a… Puxa, como era mesmo que eles se chamavam?”, Bruno se perguntou, frustrado, pois eles deveriam ser os seus três melhores amigos para toda a vida, as tinham desaparecido de sua memória àquela altura. Ele não se lembrava de seus nomes nem de seus rostos.“Pensando bem”, ele disse, olhando para Shmuel, “não importa se eu lembro ou não. Eles não são mais meus melhores amigos mesmo.” Ele olhou para baixo e fez algo bastante incomum para a sua personalidade: tomou a pequena mão de Shmuel e apertou-a com força entre as suas.“Você é o meu melhor amigo, Shmuel”, disse ele. “Meu melhor amigo para a vida toda.”Shmuel poderia ter aberto a boca para responder alguma coisa, mas Bruno não teria escutado porque neste instante ouviu-se o alto ruído de todos os que haviam marchado para dentro engolindo em seco, enquanto a porta da frente foi subitamente trancada e um forte barulho metálico ecoou vindo de fora.Bruno ergueu uma sobrancelha, incapaz de compreender o sentido daquilo tudo, mas presumiu que tivesse algo a ver com a necessidade de manter a chuva longe e impedir que as pessoas ficassem resfriadas.E então o cômodo ficou escuro e de alguma maneira, apesar do caos que se seguiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas e nada no mundo o teria convencido a soltá-la.
A cada história fictícia ou verídica que chega diante de meus olhos, me faz insistir em acreditar que para ser livre, feliz e autêntico, é preciso ser louco. A loucura é que é sadia, porque ela não escraviza as emoções e nem nos poda de viver nenhuma rara oportunidade. Ela derruba corajosamente as cercas e abre as gaiolas que prendem vidas que carregam o medo de chorar, de sofrer, de ser constrangido por coisas banais, de perder direitos…. Esses sim, são doentes porque insistem covardemente durante muitas décadas em não aceitar a cura que sempre os visita.
“Quem encarcera, seda e isola não acredita na razão, nem no resto dela. A lei da reforma psiquiátrica, ao contrário, é humanista, mas baseada em fundamentos técnicos da própria medicina, os quais permitem a realização do tratamento em liberdade…A lei não desconhece a doença mental. Ela regula a forma de tratá-la. As insuficiências do tratamento não são da lei, mas da deficiência na sua aplicação. A doença é uma coisa normal da vida. O que não é normal é não haver convivência pacífica com ela. O maior problema ainda é de aceitação da dificuldade do outro. A reforma psiquiátrica é, de certa forma, a abolição da escravidão do doente mental, seu fim como mercadoria de lucro dos hospitais fechados, da exploração do sofrimento humano com objetivos mercadológicos.”
Paulo Delgado, “deputado dos doentes mentais”
Daniela Arbex |
À escritora mineira, Daniela Arbex, meus agradecimentos por ter deixado para nós e para o seu filhinho Diego, um legado do jornalismo-denúncia, que ousadamente posso afirmar: já marcou a nossa história. Os prêmios que ela tem recebido falam por si.
E aos diferentes e frágeis emocionais, continuo a dedicar minhas reflexões, meu tempo, minha fé e minha certeza de que um dia, nós conseguiremos ser tão insanamente felizes e livres como vocês são.
Apesar de concordar que eese tipo de luvro é necessário, não sei se consigo ler algo assim. Assusta ver até que ponto o ser humano tem coragem de chegar contra seu semelhante. Revoltante.
ResponderExcluirboa noite, Jess! de fato não é uma leitura fácil de se fazer. as imagens e os diálogos são pesados demais e é triste descobrir que isso não foi fictício, aconteceu em nosso país e ainda conseguiu funcionar precariamente até os anos 80.
Excluirse é pesado para nós, imagine então para as famílias envolvidas.
Fiquei bem curiosa. Não conhecia a história do hospital colonia. Com certeza vou anotar a dica para ler futuramente. Precisamos um pouco de literatura real pra refletir os caminhos da nossa sociedade.
ResponderExcluirBjos
olá, Luisa! eu só vim a descobrir sobre esse fato no início do ano. você não imagina o quanto fiquei surpresa. concordo com seu comentário, enfim, leia! você não irá se arrepender! bjos!
ExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirSobre essas tragédias, sempre que leio sobre o assunto, me bate uma enorme tristeza!
Adorei a resenha, e me interessei muito na obra!
Um beijo.
olá Rayanni! obrigada, moça!! leia! você irá gostar. um beijo!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirQualquer coisa que se passe em manicômios mexe muito comigo, esse livro então, por se tratar de acontecimentos reais, tende a mexer muito mais. Mas ainda assim quero ler. Acredito que seja uma leitura intensa, chocante, que nos coloca para pensar e nos deixa estarrecidos...
Gostei muito da sua resenha e dos pontos que você ressaltou. Parabéns!
Pretendo ler em breve.
Beijos.
olá, Aline! vejo que você já se encontra preparada para o que irá encontrar nesse livro, mas, é importante que façamos essa leitura, então, muito obrigada por suas palavras e espero que o livro te acrescente muito.
Excluirbeijos!
Olá,
ResponderExcluirNão sou muito chegada a livros que tenham uma abordagem mais histórica a não ser que seja sobre a Segunda Guerra. Porém, desconhecia que havia esse holocausto brasileiro e fiquei muito chocada e também intrigada para saber o que a autora retrata nas páginas escritas por ela.
Não sei se conseguiria terminar a leitura por ser uma obra bem densa e gerar tantas emoções negativas, mas pretendo tentar no futuro.
LEITURA DESCONTROLADA
olá, Michele! saiba que você não irá se arrepender. os pontos negativos de fato poderão te atingir, como foi comigo, mas precisamos conhecer e divulgar a todos que ainda não conhecem. mas, não há só isso, há muita alegria também nas vidas que conseguiram superar os pesadelos vividos no suposto hospital Colônia.boa leitura!
Excluiroie Elienae, eu ja li boas resenhas desse livro e confesso que pelo cunho real da obra me chama a atenção como forma de estudo, de reconhecimento da história do país
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oie, Thaila...concordo contigo. é exatamente isso que penso, precisamos conhecer as histórias que nos cercam. veja bem, depois que escrevi esse texto, descobri muitas pessoas que não sabiam ainda da existência do suposto hospital Colônia. eu só conheci em janeiro através de minha sobrinha. há também um documentário, tirado do mesmo livro.
ExcluirHeiii, tudo bem?
ResponderExcluirAinda nao conhecia o livro, mas fico abalada quando pensa nas coisas terriveis que somos capazes de fazer pra ferir o outro.
Achei a história interessante e fiquei curiosa com tudo que aconteceu, mas teria que juntar forças pra ler, pq acho que seria um pouco pesado a leitura.
Boa dica de leitura.
Beijos.
Livros e Sushi • Facebook • Instagram • Twitter
heiii, Suzzy! é uma leitura angustiante sim, e ainda há muitas fotos do passado no livro...mas, vale a pena conhecer esse capítulo de nossa história. beijos!!!
ExcluirUau, que resenha... Cheia de sentimento, posso imaginar como foi uma leitura difícil ao mesmo tempo que é enriquecedora em termos de reflexões.
ResponderExcluirNão gosto muito de livros de não ficção, mas esse eu leria sem dúvidas, só não sei se é o momento certo preciso me preparar.
obrigada, OBNB!! =) ...se arrisque ou se prepare, só não deixe de ter essa oportunidade conhece esses fatos tristes de nosso país. mais uma vez obrigada!!!
ExcluirOii!!
ResponderExcluirEu não li essa obra ainda mais eu morro de curiosidade. E depois dá sua resenha não tem como não ficar animada, né?
Bem escrita, trabalhada e cheia de emoção. Obras como essas são ótimas para nós fazer refletir e tentar aprender com os erros.
Parabéns mais uma vez pela Resenha!
Beijinhos
oiiiiii, Ana Paula!!!! poxa, muito obrigada por tão belas palavras... e não deixe de o ler, você não irá se arrepender, com toda certeza!!! =)
Excluirmuito obrigada, mais uma vez!!! beijinhos!!!!
Oi, Elienae!
ResponderExcluirJá tem um tempo que soube dessa triste marca do passado brasileiro, então, ao começar a leitura do seu artigo, já sabia de algumas coisas mas não deixa de ser chocante, angustiante e sofrível ler sobre o tema, mas ao mesmo tempo importante por nos fazer reconhecer onde o preconceito e insensibilidade humana já foram capazes de chegar e, dessa certa, nos incentivar a buscar o contrário, a darmos mais amor, mais atenção, sermos mais compreensivos com os demais. Gostei muito das suas reflexões sobre o tema, e bom saber que, mesmo por entre o caos e o desespero lá dentro, um resquício de esperança ainda se fez presente e que, logo mais, alguns ainda tiveram sua liberdade, por mais que grande parte tenha tido sua vida tão tristemente arrancada sem mais nem menos. Realmente, por vezes, certas loucuras não passam da atitude de permitir-se ser mais, buscar mais, sonhar mais, viver e encarar a vida de uma forma que muitos não entendem, infelizmente. Parabéns mesmo pelo incrível artigo!
Beijos!
♥ Sâmmy ♥
♥ SammySacional.blogspot.com.br ♥
♥ DandoUmadeEscritora.blogspot.com.br ♥
oi, Sâmella! te aconselho a mergulhar além do artigo. pegue o livro e se aprofunde, porque talvez eu não tenha escrito com exatidão tudo o que ele de fato me passou e causou toda uma mistura de tristeza, revolta e gotas de esperança por saber que existiu um pequeno número de pessoas abrindo mão de si mesmas e de suas profissões para denunciar e enfim fechar o suposto hospital Colônia. infelizmente 60 mil pessoas foram sacrificadas... um dia toda a verdade saiu da escuridão e algumas pessoas ainda conseguiram a liberdade... leia, compartilhe!!
Excluiragora sobre suas palavras, todo o meu carinho e agradecimento por tão belas reflexões nascidas ao conhecer um pouco do que sou e que estão sempre presentes em meus artigos... estou muito emocionada...mais uma vez, muitíssimo obrigada!!!! beijos!!!!
OOi!
ResponderExcluirProvavelmente seria uma leitura bem difícil para mim,tudo parece ser bem pesado.
Porém, em um outro momento, se eu tiver uma oportunidade, daria uma chance por ser uma leitura reflexiva.
Beijos!
oiiii, Catrine! isso aí! precisamos avaliar o nosso estado para receber uma leitura ou um filme...no momento a oportunidade virá. beijos!!!
ExcluirOlá Elienai! Que resenha maravilhosa!Deu pra sentir sua angústia e sofrimento ao ler esse livro. Realmente foi um momento para reflexão.
ResponderExcluirA algum tempo me interesso por essa obra, só não a adquiri por receio, depois de ler alguns comentários que falavam que quase metade do livro era dedicada a biografia de algumas pessoas relacionadas a divulgação. Isso acontece mesmo?
Não sou de ler não ficção, mas essa história é tão insana que nem parece realidade...
olá, Nathalia! isso não procede. Daniela foi bem direta e expôs totalmente ou o máximo da história. nos fez conhecer somente assuntos diretamente ligados ao Colônia. sua pesquisa foi tão profunda que ela também nos apresenta a história de cada sobrevivente do Colônia. se não me falha a memória, foram 177 sobreviventes, dos quais, alguns a história foi contada diretamente à repórter. sua dedicação a esse livro foi visceral.
Excluirhá também um documentário. você poderá procura-lo e ter um pouco de noção do que há no livro, só que com menos detalhes, mas tão triste quanto.
um beijo!!!
Olha, esse livro está na minha meta de leitura a um certo tempo porque gosto muito de ler sobre o assunto e também fiquei muito curiosa por ser uma história ocorrida aqui no Brasil.
ResponderExcluirSó que é aquele velho ditado. A verdade dói. Eu estou esperando o momento certo para ler. Estar preparada.
Sua matéria ficou incrível e me deu um pouco mais de coragem de ler logo...
beijinho
Ana
https://literakaos.wordpress.com/
olá, Literakaos! aguarde sim o momento certo e não esqueça do livro rs..
Excluirbeijinho!!!
Olá! Infelizmente, a maldade humana não tem limites. Histórias como esta só comprovam o quanto ainda precisamos evoluir para que isso não se repita. Obrigada por compartilhar a sua experiência conosco. Abraços!
ResponderExcluirolá, Beta! é verdade. algo tão terrível que sobreviveu por tantos anos, nos comprova quanto aprendizado e evolução faltou nos envolvidos com os erros.
Excluirserá sempre um prazer compartilhar com vocês! obrigada! abraços!
Oiii Elienae tudo bem?
ResponderExcluirEsse é um livro que tenho bastante vontade de realizar a leitura, já ouvi tantos comentários a respeito dessa obra que a cada resenha me sinto mal por não ter lido ainda, sua resenha ficou incrível e pude perceber o quanto a obra lhe tocou.
Beijinhos
oiiiii, Morgana! poxa, aproveite e o procure logo! não deixe essa oportunidade passar novamente. sim, fui tão incrivelmente tocada que comecei a escrever antes de terminar a leitura... beijinhoos!!!
ExcluirOlá. Tudo bem?
ResponderExcluirSou uma grande admiradora de tudo que envolve a segunda guerra mundial, e acho que esse fato já é algo meio que positivo para que meu interesse sobre o livro holocausto brasileiro. Não conhecia ainda o fato e realmente é muito triste saber que nosso país tem um passado tão horrível e macabro como esse.
Sua resenha realmente me tocou profundamente, já adicionei o livro na minha lista de desejados do skoob.
Esse é um livro sem dúvida para refletir a vida e já imagino como você se sentiu ao terminar a leitura. Parabéns pela resenha, muito bem escrita e você passou para o leitor o quanto o livro realmente mexeu contigo.
Beijos.
olá, CL! tudo bem sim... espero que você também! também sempre fui cativada por esse tema e ainda espero poder ler Cova 312, da mesma autora, que mais uma vez fala sobre os segredos macabros de nosso país. assim como você, nunca imaginei que tivéssemos dito um Holocausto aqui também, além dos fatos que já conhecemos sobre a Ditadura Militar.
Excluirpoxa, fico satisfeita em ter acendido essa vontade de conhecer mais do livro. tenha uma ótima leitura, assim que lhe for possível!
aaahh.. muito, muito obrigada por suas reflexões!!! beijos!!!!
Olá, tudo bem? Livros assim tem uma facilidade de mexer com nossos sentimentos né? E passamos a refletir sobre a vida, sobre aquele momento de maneira inigualável. Gosto de leituras assim porque nos fazer crescer, mesmo nos chocando, nos fazendo chorar, repudiar, enfim todos os sentimentos não legais, porém que também nos fazem crescer. Seus mais puros sentimentos estão crus nessa resenha. Ótimas palavras!
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com
olá, Carool! se um filme ou um livro não mexer em nossa estrutura, a leitura com certeza foi em vão. ainda que sejam sobre fatos tristes, mas, como diz Martha Medeiros em uma de suas crônicas, "a tristeza tem que ser permitida..." porque é um sentimento que nasceu conosco, por que não vivê-la? por que não conhecer estes heróis descritos no livro de Daniela Arbex? não é mesmo? com toda certeza as dores que eles passaram deixaram marcas e ensinamentos para todos nós.
Excluirobrigada pelo seu maravilhoso comentário! beijos!!!
Oi!!
ResponderExcluirEu li esse livro, gosto muito de livros de contam uma história real acho importante conhecer esses fatos, é um livro bom, mas extremamente triste
em muitos momentos eu tive que parar a leitura, chorar tudo que tinha que chorar e depois continuar.
Mas mesmo tendo fatos muito tristes ele me fez chorar também pela força que muitos ali tinham, que conseguiram encontrar familiares e viver uma vida melhor.
Beijão!
oi, Liziane! sabe o que mais me chamou atenção em seu comentário? você soube a hora de procurar um intervalo dentro de suas emoções, se refez de energia e prosseguiu até o fim. isso é maravilhoso! porque não fugiu, porque não fechou seus olhos em procurar conhecer esse fato tão traumático vivido por aquelas pessoas.
Excluirse você fechasse seu conhecimento para essa história, estaria deixando de lado um momento importante de conexão com a dor do seu próximo... tenho certeza que uma forte mudança deve ter acontecido em ti.
obrigada!! beijão!!!
Olá Elienae.
ResponderExcluirAntes de qualquer comentário sobre o livro, preciso comentar sobre seu texto. Que resenha esplêndida! Contextualizando com outro livro, explicando o que se passa na história, deixando sua emoção e angustia transbordar em cada palavra. Essa resenha tem de ser compartilhada 1000 vezes!
Sobre o livro em si, sempre tive curiosidade sobre a história desse lugar, desde que descobri que o mesmo existia. Apesar da curiosidade, já sinto um mal estar só de imaginar todas as coisas que ali aconteceram. Quero muito ler a nível de conhecimento, mas sei que não vai ser nada fácil.
Abraços
olá, Nati! a minha emoção é tamanha que me impede de expressar exatamente o efeito de suas palavras em meu coração. só posso lhe agradecer com todo o meu coração, de verdade. talvez você não tenha noção da importância, mas sinta em minhas poucas palavras a minha alegria... espero que leia os outros artigos que já estão no blog e que chegue enfim o momento certo para que você conheça Holocausto Brasileiro.
Excluirmuitíssimo obrigada, mais uma vez... abraços!
Oi Elienae, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirNossa, estou chocada. Não conhecia a história desse trem e desse hospital. Saber o que acontecia lá dentro me faz sentir vergonha do homem e me deixa muito assustada. É uma covardia sem tamanho se aproveitar da fragilidade humana para cometer uma atrocidade como essa. Não encontro nenhuma palavra para descrever esse ato. Como alguém é capaz de fazer algo assim??? Não há dúvidas de que isso é o mal. Essa autora deve ser realmente parabenizada por denunciar um crime como esse, que deve ser considerado um crime contra a humanidade. Você me deixou muda com seu relato.
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
oi, Cila! estou ótima e espero que você também!
Excluirtenho certeza de que realmente ficou muda, porque percebo em seu comentário o quanto mergulhou e guardou tudo o que está no texto. quanto a maldade humana, sinceramente não há nada mais a dizer, não é? ... do livro eu só fico realmente feliz pela coragem e disposição de Daniela em expor para todos nós, que não sabíamos de toda essa existência macabra...
beijinhos!!!!
Olá,
ResponderExcluirQue resenha maravilhosa. Tive o prazer de ler esta obra nos primeiros anos de faculdade e realmente, é uma obra de reflexão e também de conhecimento das atrocidades cometidas no passado. Acabei por visitar o Colônia e mesmo sendo um prédio reformado nos dias de hoje, a energia pesada ainda é emanada no lugar. Adorei sua resenha.
Abraços,
Cá Entre Nós
olá, Vivianne! poxa, que legal! você visitou o local de origem. me fez lembrar do comentário no documentário ou no livro, se não me engano, de um dos fotógrafos, ele realmente confirmou uma presença muito pesada ali... arrepiante...
Excluirmuito obrigada, viu?!
abraços!!!!
Gente, que resenha é essa????? nossa senhora!!! Parabéns!!! Pela resenha e por se dedicar a uma leitura tão difícil, eu não conseguiria!!!!!
ResponderExcluirolá, Denise! rs... gosto demais de fatos históricos! Holocausto foi lido rapidamente porque apesar de todo conteúdo triste, eu não conseguia largar o livro.
Excluirobrigada pelo carinho e reconhecimento! beijos!!!
Ola lindona ótimas colocações em sua resenha, nem imagino como está seu emocional. depois de uma leitura densa como essa, e atrocidades com crianças e idosos sempre nos abalam, no momento estou evitando leituras como essas, mas a riqueza de detalhes torna o livro rico em informações e pretendo ler em outro momento. beijos
ResponderExcluirJoyce
Livros Encantos
olá, Joyce!! não foi fácil, mas eu precisava muito, muito expor minha revolta e dor através dessa resenha.
Excluirmuito obrigada pelo seu comentário! abraços!
É o tipo de livro que parece der tão pesado quanto enriquecedor!
ResponderExcluirQuero de verdade conhecer os relatos.
Bjs
Pipoca com Café
Sté, lindo seu comentário! falou tudo!! beijos!
ExcluirMelhor livro que já li.
ResponderExcluir=)
Excluir