Resenha O Condado de Citrus

Quem aí lembra que eu falei que teria uma pessoa pra me ajudar aqui no blog?! 

Pois a resenha de hoje é dela, a nova resenhista

Lu Tazinazzo.

Conheci a Lu logo assim que entrei na blogosfera, uma das primeiras blogueiras que conheci, e fui premiada com a amizade dessa simpatia.

Sem mais delongas deixo vocês com ela.

Sou Lu Tazinazzo, blogueira do aceita um Leite? e freguesa do Leituras de Paty. Comecei a blogar em 2010 e ainda sigo nessa vida. Tenho uma fila de leitura de mais 60 livros, e mesmo assim, continuo adquirindo novos títulos, logo, vocês perceberão que  não sou muito confiável no que diz respeito a promessas e metas que proponho para mim mesma. Meu autor preferido é o Neil Gaiman, e gosto muito também de Stephen King, John Boyne, Bernard Cornwell, George Orwell e alguns outros. Sou fissurada em quadrinhos, em Jogos Vorazes e em Beatles.

Sinopse: A Flórida do condado de Citrus não se parece em nada com aquelas imagens de televisão, com um clima convidativo, coqueiros e surfistas. Shelby Register, de quatorze anos, se muda para a cidade com cheiro de pântano com seu pai e irmã após a morte da mãe. Talvez a única coisa que a interesse seja o tal Toby McNurse, um delinquente sem cura que cumpre suas dezenas de detenções acumuladas. Já Toby não vê sentido na vida, nas paixões dos adultos, nas diversões dos amigos. Só sabe, em seu âmago, que está em seu destino fazer o mal. E ao observar as angelicais irmãs Register, sabe que o chamado de sua alma está prestes a ser atendido. 
Editora: Galera Record
Autor: John Brandon
Páginas: 288

O Condado de Citrus

O Condado de Citrus narra a história de 3 personagens centrais - Toby, Shelby e Sr. Hibma. 
Toby e Shelby são colegas de classe e o Sr. Hibma é seu professor de geografia, um professor que, como ele mesmo diz, fingido, já que ele parece estar em um estado emocional de torpor onde apenas leva os dias de forma irresponsável, usando métodos de ensino não ortodóxos e questionáveis.

Toby sente que existe algum mal, alguma entidade que torna a sua personalidade ruim, que o faz buscar erros ao invés de acertos, enquanto Shelby é considerada a boa moça, inteligente, mas permanece completamente entediada, buscando algo novo, necessitando de aventuras exóticas ou experiências peculiares. É isso que vai influenciar as decisões desses 3 personagens e uní-los.

No geral, eu achei o livro muito interessante. Gostei da narrativa e da estrutura da obra, não dividida em capítulos, mas em partes e segmentos. Achei que isso possibilitou um ritmo de leitura mais fluido e conseguiu unir bem todos os pontos das histórias dos protagonistas, tornando o livro não a história de 3 personagens, mas 1 história com 3 protagonistas.

O que mais me agradou em O Condado de Citrus foi a forma como o autor aborda os anseios e emoções de seus personagens, mostrando-os muito mais complexos do que uma primeira impressão aparentaria. São seres com tantas facetas que é quase impossível escolher lados, afinal, nada é preto no branco.

No fim, personagens que normalmente me causariam revolta acabaram me cativando, embora eu tenha uma certa quedinha por personagens problemáticos.

A princípio, Toby, Shelby e Sr. Hibma me soaram apenas rebeldes sem causa, o último o mais imaturo de todos. Porém, com o decorrer da história, foi possível perceber toda a evolução dessas criaturas, compreendê-las e até apreciá-las.

Imagino que O Condado de Citrus não se torne um livro unânime. Vejo claramente o que pode incomodar aos leitores e fazer com que o livro não agrade a todos, mas foi uma leitura com saldo positivo para mim. 

Avaliação: